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A CASA

Hoje nos mudamos, felizes. É uma casa minúscula, mas com um amplo terraço coberto e uma bela vista, um pouco fresca agora no inverno, e o local é tão maravilhosamente deserto como Ischl em outubro e novembro. Finalmente, um lugar para descansar durante alguns meses, e as malas serão guardados para não serem mais vistas durante longo tempo.


STEFAN ZWEIG em carta para Friderike, 17 de setembro de 1941

 
(Clique nas fotos para ampliar...)    

Na serra de Petrópolis, em um vale cercado de montanhas verdes, a 813 metros acima do nível do mar, fica a casa onde o escritor Stefan Zweig e sua segunda mulher, Lotte, moraram durante cinco meses até consumarem o seu pacto de morte, na noite de 22 para 23 de fevereiro de 1941.

O gesto do escritor bem-sucedido, austríaco de nascimento, cidadão inglês, mas sem pátria, projetou a pequena cidade imperial para o mundo e eternizou a ansiedade e o desespero de um mundo em guerra e sem esperança.

Agora, a casa onde Zweig completou sua autobiografia O mundo que eu vi, escreveu o conto Uma partida de xadrez, retocou algumas obras inacabadas como Clarissa, além de esboçar o Montaigne, finalmente se torna um museu em sua memória. Ao mesmo tempo, a CASA STEFAN ZWEIG será também um MEMORIAL DO EXÍLIO , um lugar para lembrar e homenagear centenas de outros exilados e emigrados que deixaram suas marcas nas artes, na ciência e na cultura do Brasil.