Czestochowa, Polônia, 1882 — Corsier-sur-Vevey, Suíça, 1947

 

Violinista

 

Foi um dos violinistas mais importantes do século XX. Criança prodígio, aprendeu a tocar violino aos seis anos e pouco depois já se apresentava em público. Aos 10 foi aperfeiçoar-se em Berlim. Tocava em um Stradivarius colocado à sua disposição por seu mecenas, o conde Jan Zamoyski. Tocar violino, para ele, sempre foi parte da luta por um mundo melhor. Como Zweig, defendia a ideia de uma Europa única e unida, mas ao contrário deste, foi um engajado sionista. Em uma famosa carta de junho de 1933 em resposta a um convite de Wilhelm Furtwängler para tocar com a Filarmônica de Berlim, respondeu: “... não se trata de concertos para violino ou de judeus; a questão é a manutenção das coisas que nossos pais alcançaram com sangue e sacrifício, das precondições elementares da nossa cultura europeia, da liberdade do indivíduo e de sua responsabilidade própria incondicional, sem ser freado por amarras de castas ou raças.” Em 1935, fundou a Palestine Orchestra, a hoje celebrada Israel Philharmonic Orchestra.

 

Sobraram poucos registros de seu relacionamento com Zweig. Um deles é uma carta de 1934, quando possivelmente teriam sido aproximados por Gisella Selden-Goth, a grande amiga de Zweig, sempre envolvida com música e partituras originais.

 

O violino de Huberman, construído em 1713 por Antonio Stradivari, foi roubado em 1936 no camarim do Carnegie-Hall. O ladrão ficou com o violino até morrer e só confessou o roubo no leito de morte, em 1985. Hoje, o instrumento é de Joshua Bell, que o adquiriu em 2001.

 

Endereço na Agenda: Neldisset(?) Farms, Old White Plains Road, Mamaroneck, N.Y. Tel. Mamaroneck 63