CANTO DOS EXILADOS

Fried, Carl


Médico radiologista, poeta
Bamberg 22.7. 1889 - São Paulo 2.6. 1958
No Brasil, de 1940 a 1958


Fried esteve preso no campo de concentração de Buchenwald de novembro a dezembro de 1938, devido à sua ascendência judaica. Graças ao seu trabalho científico recebeu um convite de trabalho da Universidade de Nova York e, em abril de 1939, emigrou com a família para os Estados Unidos. “Enquanto isso, prosseguiam as negociações com o Brasil e como eram muito mais promissoras do que a oferta de Nova York, viemos para o Brasil, onde lhe foi confiada a direção de um recém-fundado instituto de radiologia. Ele era o diretor científico, diretor clínico era um colega brasileiro, pois o diploma alemão não é reconhecido aqui; meu marido não podia assinar prescrições. Foi uma colaboração harmoniosa, que infelizmente acabou em 1958 devido à doença e morte de meu marido”, escreveu Gertrude Fried a Izabela Kestler. No campo, literário, fez parte do círculo em torno da família Bresslau de São Paulo, que tentava superar a experiência da expulsão da pátria alemã através do cultivo da língua e literatura alemãs. Publicou, junto com Louise Bresslau-Hof, a coletânea de poemas Gedichte

Fonte: Izabela Maria Furtado Kestler, Exílio e Literatura, São Paulo: Edusp, 2003.